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        Informe Nº 647 • 22 de fevereiro de 2019                                                  


Planejamento da aplicação dos recursos do IGD garante agilidade na aquisição de bens e contratação de serviços

Confira as principais dicas para aplicar dinheiro de modo responsável e garantir o repasse em patamares elevados

                                                                                                                                                                                    
No Bolsa Família Informa nº 644 de 31 de janeiro de 2019, o Ministério da Cidadania apresentou um balanço do repasse dos recursos do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) para os estados e municípios em 2018 e da sua execução pelos entes federados.

No ano passado, o governo federal repassou mais de R$ 44 milhões a estados e municípios, R$ 43,8 milhões referentes ao IGD-M e R$ 632 mil ao IGD-E. O valor representa R$ 13,3 milhões a mais do que no ano anterior (2017), devido a um salto de qualidade na gestão descentralizada do Bolsa Família e do Cadastro Único, medida pelo IGD. O percentual de municípios que ficaram sem receber recursos do IGD foi de apenas 1,33%.

Para garantir a continuidade dos bons resultados alcançados e a aplicação responsável dos recursos repassados com base no Índice de Gestão Descentralizada (IGD), é fundamental que as gestões locais e estaduais do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cadastro Único façam um o balanço e planejamento prévio das ações a serem desenvolvidas ao longo do ano. O planejamento e eventuais ajustes posteriores são fundamentais para obter melhor desempenho e, consequentemente, assegurar mais recursos.

1.    O primeiro passo para obter sucesso no planejamento é compreender que ele é a chave para alcançar patamares mais elevados de desempenho. O planejamento deve ser uma ferramenta de gestão dinâmica e sua natureza exige que seus resultados sejam revisados periodicamente.  
 
2.    Planejar e controlar o uso dos recursos é função de gestores e da Administração Pública. Por isso, seja qual for o âmbito de governo, os mecanismos de contratação de bens e serviços devem, como em qualquer despesa pública, seguir os procedimentos previstos nas leis pelas quais são regidos. Ou seja, devem ter licitação, empenho, liquidação, pagamento e apropriação patrimonial, como habitualmente já é feito com os recursos próprios dos entes federativos.  
 
3.    Como o Bolsa Família é um programa intersetorial, o planejamento precisa ser feito com a participação das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social. É de extrema importância que as decisões sejam tomadas em conjunto para que sejam identificadas, com clareza, as prioridades da gestão do PBF e do Cadastro Único. Dessa forma, previnem-se disputas entre as áreas, garantindo maior efetividade na aplicação dos recursos. Algum tipo de deficiência em qualquer uma das áreas responsáveis pelo Programa Bolsa Família pode comprometer todo o resultado da gestão, afetando o recebimento futuro de recursos do IGD/PBF.

A participação do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) também é fundamental durante todo o processo, desde o planejamento até a prestação de contas. Esse cuidado respalda as ações da gestão do PBF e do Cadastro Único e garante a continuidade no recebimento dos recursos com a regular aprovação das contas.


IGD - RELEMBRANDO O QUE É

O Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família (IGD/PBF) é um mecanismo de apoio técnico e financeiro aos entes federados que reflete mensalmente seu desempenho na gestão intersetorial do Bolsa Família e do Cadastro Único. O desempenho apurado pelo IGD determina os recursos financeiros a serem repassados mês a mês.  

O índice contribui para que os municípios, estados e Distrito Federal busquem continuamente o aprimoramento das ações sob sua responsabilidade, atuando com qualidade e eficiência nas atividades necessárias à execução do PBF e do Cadastro Único.  

Os recursos transferidos mensalmente com base no IGD decorrem dos esforços já realizados pelos entes federados. Isso possibilita a autonomia necessária para a definição das ações a serem apoiadas, uma vez que a avaliação de cada ente é que aponta qual a melhor alocação. 

Mas...como fazer um planejamento intersetorial?

Etapa 1 - Pré-planejamento:

1.    Antes de planejar, é preciso conhecer a fundo o comportamento do IGD/PBF do município. O objetivo é elaborar uma projeção dos recursos a serem recebidos ao longo de 2019, utilizando, como base, os valores recebidos no exercício de 2018.  
 
Exemplo: em 2018, o município recebeu o montante de R$ 24 mil referentes aos depósitos de 12 meses (janeiro a dezembro de 2018). A média mensal então foi de R$ 2 mil – esse é o valor a ser considerado para a projeção de 2019. As principais reflexões a serem feitas sobre este quesito são:  

  • Como está o desempenho do município nas taxas que compõem o IGD/PBF? Há alguma ação que poderia melhorar esse índice?
  • Qual tem sido a média mensal de recebimento dos recursos do IGD?  
  • Houve recursos financeiros acumulados em conta corrente que precisaram ser reprogramados para 2019?
  • Os recursos financeiros acumulados apresentam saldo superior ao valor proporcional a seis meses de repasse?
  • Quais as categorias econômicas orçamentárias constantes do Projeto de Lei Orçamentária Anual?  

 
2.    É importante estabelecer ainda uma agenda de reuniões regulares entre o gestor do PBF e do Cadastro Único, os responsáveis pelas atividades na Assistência Social, Educação e Saúde, e os representantes dos CMAS. Durante as reuniões, os participantes apresentam o levantamento prévio das principais necessidades nas suas respectivas áreas. É imprescindível, para um planejamento adequado e uma gestão de qualidade, a troca de informações e a interação entre esses profissionais. É fundamental que você, gestor/coordenador, seja capaz de identificar: 

  • Como é o relacionamento da equipe técnica da Gestão do PBF e do Cadastro Único com os profissionais das áreas de Assistência Social, Educação e Saúde?
  • Os membros da equipe conhecem as responsabilidades e a rotina de trabalho uns dos outros?
  • O relacionamento entre eles permite a atuação e definição de ações conjuntas?  


Etapa 2 - Planejamento:

1.    O primeiro passo do planejamento propriamente dito é  a reunião intersetorial, em que todos os responsáveis pelo PBF apresentem as necessidades do Bolsa Família e do Cadastro Único nas suas respectivas áreas. Esse momento também é importante para a troca de informações e maior interatividade entre esses profissionais, em prol de objetivos comuns que garantam a efetividade do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único no município. Em caso de dificuldades, as Coordenações Estaduais das duas iniciativas devem ser acionadas. Essas reuniões serão fundamentais para levantar os seguintes aspectos:

  • Todos os procedimentos (processos de trabalho) do PBF são conhecidos pelos participantes da reunião? Quais são os pontos fortes? E os mais frágeis, que ainda precisam de atenção?
  • É possível identificar problemas e apontar soluções?
  • As necessidades apresentadas são constantes ou pontuais? Requerem ações contínuas ou forças-tarefa?
  • Haverá necessidade de realizar alguma ação específica em 2019?


2.    A partir desse primeiro debate, convém consolidar as necessidades identificadas em um único diagnóstico da gestão do PBF e do Cadastro Único. O documento pode estabelecer também prioridades entre as questões apontadas para a devida alocação no orçamento municipal e registrar, pelo menos: 

  • Quais itens, processos de trabalho e serviços a entregar para o cidadão são mais urgentes?
  • Os recursos do IGD/PBF serão empregados em quais ações?
  • Se for identificado que não há recursos suficientes para todas as ações, quais são aquelas que devem receber prioritariamente os recursos do IGD/PBF?

 
3.    Em seguida, avalia-se a necessidade de mapear ou revisar os processos de trabalho e as ações em andamento, em busca da eliminação de redundâncias e do excesso de burocracia e da possibilidade de inovações. Algumas reflexões desta etapa:

  • Existe algum trabalho redundante?
  • Há alguma melhoria que poderia ser implementada?  
  • Há conhecimento de boas práticas que poderiam ser seguidas para ajudar nessa melhoria? (Acesse a aba Gestão do Cadastro Único em www.mds.gov.br/bolsafamilia e conheça boas práticas na gestão do Cadastro Único).  


Após esse debate, adota-se uma Agenda de Trabalho, decorrente de um plano de ação pelo qual será possível identificar: a área responsável pelo Bolsa Família ou Cadastro Único, objetivos, metas, ações, materiais necessários, prazo e identificação para quais ações será necessário o uso dos recursos do IGD/PBF.  Clique aqui e conheça um exemplo de Agenda de Trabalho.

Observação: você encontra nesse link duas agendas: uma com exemplos de preenchimento, que são meramente ilustrativos, e outra em branco, que pode ser adaptada e preenchida de acordo com o seu próprio planejamento.  Ao final, essa Agenda precisa ser pactuada entre as áreas responsáveis pelo PBF e pelo Cadastro Único no município.

Etapa 3 - Pós-planejamento:

1.    Concluindo-se as etapas do planejamento, é importante formalizar a apresentação do planejamento em uma reunião do CMAS, já que, ao fim do exercício, o Conselho será responsável por analisar e aprovar os gastos dos recursos do IGD/PBF.  
 
2.    Como o planejamento é um instrumento dinâmico, cabe ainda estabelecer formas de acompanhamento e revisão periódica das metas e dos resultados. Esse processo deve abarcar respostas às seguintes reflexões: 

  • Há objetivos, metas ou ações a serem reprogramadas?  
  • As metas pactuadas foram atingidas dentro do prazo? Se não, deve ser negociado novo prazo.
  • As ações apontadas foram as mais adequadas ou requerem novo direcionamento?
     

IMPORTANTE

A
Portaria MDS nº 256/2010 e a Portaria nº 754/2010 do Ministério da Cidadania apresentam um conjunto de atividades que merecem especial atenção na gestão do PBF e do Cadastro Único. As orientações contidas nesses dois documentos devem ser levadas em consideração no planejamento anual da aplicação dos recursos. Confira também outros textos de apoio: o Caderno do IGD-M (2018), a Lei nº 10836/2004 e o Decreto nº 5209/2004.

Você ainda pode acessar todas as informações sobre o IGD/PBF do seu município nos arquivos em nuvem, disponíveis no link
Dados do IGD-M

Não deixe de obter o relatório do PBF e do Cadastro Único do seu município com dados atualizados no endereço eletrônico: www.mds.gov.br/bolsafamilia.  

Bom planejamento! 


Regularização do envio de cartões PBF

A Senarc informa que a Caixa, agente operador do programa, regularizou a produção de cartões do Programa Bolsa Família. Foram registradas dificuldades com o fornecedor anterior, que impactaram nos serviços de produção e na logística dos cartões sociais Caixa.
 
A Caixa contratou novo fornecedor e, desde o dia 5 de fevereiro, iniciou-se a emissão e distribuição dos novos cartões. Aproximadamente 81 mil cartões pendentes de emissão já foram emitidos e enviados às famílias. Ainda segundo o agente operador, a nova empresa está trabalhando para aumentar sua capacidade produtiva e acelerar a remessa dos cartões ainda não produzidos e enviados.
 
Com isso, estamos regularizando o envio do cartão Bolsa Família para quem ingressou no programa ou solicitou a segunda via do cartão a partir de novembro de 2018. Até que todos os cartões sejam entregues, a Senarc solicita aos gestores municipais do Programa Bolsa Família que orientem as famílias a sacarem o benefício nas Agências da Caixa. Esclarecemos que as famílias que recebem o benefício em conta não foram impactadas, uma vez que podem realizar os saques com o cartão da conta.

Reforçamos que para o saque na agência Caixa é necessário levar um documento oficial de identificação, que pode ser a carteira de identidade (RG), a carteira de motorista (CNH) ou a carteira de trabalho (CTPS).

Eventuais casos de negativa do pagamento nas Agências Caixa ou condicionamentos à abertura de conta simplificada Caixa (Conta Corrente Caixa Fácil ou Conta Poupança Caixa Fácil) devem ser imediatamente comunicados à Ouvidoria do Ministério da Cidadania, por meio do telefone 121, e SAC CAIXA – 0800 726 0101.
 
As informações sobre as novas concessões podem ser acompanhadas mensalmente pelos gestores locais, especialmente por meio dos relatórios dos Benefícios Selecionados do Programa Bolsa Família e da Folha de Pagamento. Os relatórios podem ser acessados no Módulo Relatório do Sibec, nas seguintes opções:

- Relatório > Analítico > Acompanhamento operacional > Benefícios selecionados PBF; e
- Relatório > Analítico > Acompanhamento financeiro> Folha de pagamento.





Edições anteriores:
  • Informe Gestores 645
    Acompanhamento das Condicionalidades de Saúde da 2ª vigência de 2018 tem resultado positivo

  • Informe Gestores 644
    Última parcela dos recursos do IGD de 2018 é repassada a municípios e estados

  • Informe Gestores 643
    Acompanhamento da frequência escolar dos beneficiários tem o melhor resultado da história

 
Anote na agenda
 
27 de fevereiro
Data limite para as solicitações no módulo Administração Off-line para que tenham a repercussão na folha de pagamento de março de 2019.

1º de março
Data limite para promover manutenção no Sibec com fins de repercussão na folha de pagamento de março de 2019.

5 de março
Suspensão do módulo de manutenção do Sibec para geração da folha de pagamento do PBF de março de 2019.

15 de março
Data limite para atualização cadastral das famílias do G2 para evitar o cancelamento do PBF em junho.
 
17 de maio
Data limite para atualização cadastral das famílias do G2 (município em situações de emergência ou calamidade pública) para evitar o cancelamento do PBF em abril.

PARA MAIS INFORMAÇÕES, entre em contato com a Central de Relacionamento do ministério pelo endereço http://mds.gov.br/acesso-a-informacao/contato ou pelo telefone 0800 707 2003.
 


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